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A História do Instituto Empathiae: Acolhendo Mães Atípicas, Transformando Vidas!

O Instituto Empathiae, fundado e dirigido por Mônica Xavier, surgiu há 10 anos como um espaço seguro, dedicado a acolher mães, especialmente aquelas que receberam o diagnóstico de deficiência de seus filhos. Era, e ainda é, um lugar onde essas mulheres podem expressar suas dúvidas, seus medos e até sua raiva — porque sim, elas têm o direito de questionar e de se sentir desamparadas.

Mônica conta: “Minha jornada como mãe começou há muitos anos, trazendo à tona uma série de desafios que moldariam minha visão sobre maternidade e inclusão. Sou mãe de três meninos, hoje já adultos. Meu filho mais velho acaba de completar 36 anos, mas a caminhada até aqui foi marcada por dificuldades que testaram minha força e resiliência. Meus três filhos nasceram prematuros. Dois deles ficaram na maternidade enquanto eu voltava para casa, e o mais novo foi desenganado pelos médicos três vezes. Além disso, o diagnóstico de TDAH chegou de surpresa, numa época em que pouco se falava sobre o tema”.

Ela ouvia muitas críticas, muitas vezes sendo julgada pela forma como educava seus filhos, ouvindo que a falta de limites era a causa de seus comportamentos. E, para complicar ainda mais, enfrentou a depressão refratária do seu filho mais velho, um fardo que carrega um peso emocional enorme.

Ela aprendeu, nesses anos, que ser mãe é viver em constante incerteza. “Não temos controle de tudo, nem mesmo do nosso corpo, quando a prematuridade nos pega de surpresa. A vida exige que sigamos em frente, sem questionar, engolindo o choro, porque questionar seria, como dizem, um ato de dureza de coração. Mas meu coração era de carne e sentia profundamente cada desafio que surgia, especialmente a dor de ver um filho lutando contra a depressão e pensamentos suicidas.” conta Mônica.

Monica é uma mulher com mais de 50 anos, pele clara, cabelos lisos castanhos claros até o ombro. usa óculos de grau com armação marron e branca grande.  Veste blusa feita de tricot na cor bege. Esta sentada e ao fundo um balcão de restaurante.

Em meio a esses anos difíceis, conheci uma mãe que também estava enfrentando uma realidade desafiadora: seu bebê havia nascido com síndrome de Down. Acompanhando sua trajetória, vi nela o reflexo de minhas próprias angústias. Como ela, eu também havia enfrentado o medo e a insegurança de lidar com algo inesperado. Nós, mães, muitas vezes somos deixadas à margem, sendo forçadas a “engolir o choro” e seguir em frente, mesmo quando a alma está em pedaços“, relata Mônica nessa entrevista pro Divecon.

Foi dessa identificação, desse compartilhamento de dor e de silêncio, que nasceu o Instituto Empathiae,

O Instituto foi criado com a missão de acolher e fortalecer essas mães e suas famílias, mas, ao longo do tempo, perceberam que a verdadeira missão era muito maior: levar esperança. Esperança de que o futuro, apesar das dificuldades, pode ser repleto de conquistas, alegrias e momentos leves.

Além de acolher, o Instituto Empathiae oferece capacitação para as mães em situação de vulnerabilidade, ajudando-as a complementar a renda familiar por meio de atividades como artesanato, costura e culinária. Sabemos que falar de esperança em meio à insegurança alimentar é algo que precisa ser abordado com sensibilidade e soluções práticas.

“Hoje, 10 anos depois, o Instituto Empathiae continua cuidando não só da mãe que recebe o diagnóstico de deficiência do filho, mas de toda a família. E, mais do que nunca, compreendemos que a vida é um jardim repleto de flores diversas, cada uma trazendo seu próprio perfume e sua própria leveza para nossos dias”, cita orgulhosa, a fundadora Mônica Xavier.

O Instituto Empathiae estará presente no Divecon – Primeiro Festival de Economia Criativa de PcD e Raros de Osasco.

SERVIÇO

DIVECON

Data: 19/10/24 (sábado)

Horário: das 11h às 20h

Local: Escola de Artes César Antônio Salvi

Rua: Ten. Avelar Píres de Azevedo, 360 – Centro, Osasco/SP

Entrada gratuita e livre / Local com acessibilidade / Intérpretes de LIBRAS e monitores especializados em atendimento a PcDs e Raros.

O Festival é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas e do Governo Federal, Ministério da Cultura, através da Lei Paulo Gustavo.

Conta com apoio da Prefeitura Municipal de Osasco. E a produção está sob responsabilidade da Tudo Sobre Inclusão Consultoria, dirigida por Cristiane Mayworm, mãe atípica, consultora e produtora cultural; Renata Poskus Eventos e Comunicação e Vilma Queiroz Produções Culturais.

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